Imperador da Língua Portuguesa

 

ANTÓNIO VIEIRA

céu estrela o azul e tem grandeza.

Este, que teve a fama e a glória tem,

Imperador da língua portuguesa,

Foi-nos um céu também.

No imenso espaço seu de meditar,

Constelado de forma e de visão,

Surge, prenúncio claro do luar,

El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.

É um dia; e, no céu amplo de desejo,

A madrugada irreal do Quinto Império

Doira as margens do Tejo.

31-7-1929

Mensagem. Fernando Pessoa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934 (Lisboa: Ática, 10ª ed. 1972).

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